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25 novembro 2012

Receita para as férias [2012.2]

O que podemos esperar aqui no Blog para as férias do final do ano, em termos de literatura.

livros___

A torrente de obrigações acadêmicas que tem surgido nos últimos meses – na verdade, ao longo de todo este ano – me obrigou a deixar um pouco de lado tudo o que publico aqui. Contrariando minhas expectativas, não diminuí meu ritmo de leitura, que aliás pareceu mesmo ter subido neste segundo semestre, mas o tempo disponível para dedicar às resenhas semanais andou apertado o suficiente para que eu passasse às vezes um mês sem publicar coisas inéditas. Que triste!

Como todo amante de leituras, vejo a minha pilha de livros por ler aumentar gradualmente a cada semana que passa. Nunca fui de acumular livros assim, aos poucos, de deixá-los esperando em um canto da minha estante, mas hoje vejo que este é um exercício inevitável, até saudável, na medida em que vamos criando expectativas e desejos com relação às obras que ficam ali, nos aguardando. E isso pode ser muito bom na hora de finalmente ter o livro nas mãos.

Mas as férias existem para que, dentre outras coisas, possamos atualizar nossa caminhada literária e pôr tudo em dia. Pensando nisso, resolvi organizar neste post todas as obras que me esperam no início de dezembro – se tudo correr como esperado no laboratório de pesquisa do qual faço parte, claro; do contrário, terei que esperar mais alguns dias. Tenho um grande carinho por todos os livros listados abaixo, e mal posso esperar para começá-los!


A visita cruel do tempo | Jennifer Egan

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Presente de aniversário dado pelo meu irmão. Não nego: o livro dá medo. Pela rápida folheada que dei nele, a narrativa me pareceu uma curiosa mixórdia de tempos verbais, eventos paralelos e personagens voláteis. Ainda estou pensando como vou abraçar este livro, mas, desde agora, posso dizer que impera a expectativa de um livro memorável – levando em conta as dezenas de críticas positivas que Egan recebeu dos jornais de língua inglesa. Ainda estou amadurecendo a ideia de como abordá-lo…


Nos bastidores do Pink Floyd | Mark Blake

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Ah, Pink Floyd… Melodias incríveis, letras de qualidade, arranjos impressionantes. Uma banda que conseguiu a façanha de produzir, depois de Dark Side of The Moon, uma obra-prima atrás da outra. O que esperar desse livro, então? A biografia (definitiva, pelo que pude constatar) de um dos melhores conjuntos de rock da História. O livro conta a trajetória completa destes mestres da música, desde a Era Syd até a Era Gilmour, e possui um bonitinho caderno de fotos em papel Couche. (A cada folheada que dou, encontro uma página nova desse caderno de fotos, uma página que eu não tinha visto antes… Incrível.)


Pela bandeira do paraíso | Jon Krakauer

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Admito, penso em trocar este aqui por Os sobreviventes dos Andes, de Clay Blair Jr. Não que o livro de Krakauer seja ruim: nada disso. Foi apenas a mistura de dois elementos que fez com que eu tomasse a decisão de trocá-lo: meu fascínio por qualquer publicação sobre a tragédia dos jogadores de rúgbi nos Andes e a sensação de que a história dos mórmons, retratada no livro de Jon, ainda não me apetece o bastante. Mas a qualidade jornalística dos livros do autor é inquestionável, vide Na natureza selvagem e Onde os homens conquistam a glória, excelentes registros documentais sobre Christopher McCandless e Patrick Tillman, respectivamente. Veremos o que acontece com este item da lista.


Confissões | Jean-Jacques Rousseau

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Depois de Os devaneios do caminhante solitário, Rousseau se tornou meu filósofo favorito – não só pelas suas ideias, belas e justas, mas também pela clareza na forma como ele expõe esses pensamentos. Consigo me identificar com quase tudo o que ele escreve, o que chega a ser impressionante se estivermos levando em conta um pensador suíço do século XVIII e um brasileiro de 20 anos que lê Michael Crichton e Dan Brown. Aqui nesta obra, temos uma espécie de autobiografia moderna em que Rousseau se compromete a revelar, para o mundo, tudo o que sentiu e viveu; assim, ele se despe perante todos, críticos e admiradores – o que não deixa de ser um ato incrivelmente ousado. Parece ser um livro bem prolixo: estou curioso para ver os pensamentos que ele carrega.


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