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11 setembro 2012

Aquecimento: "A arte de viajar", de Botton

"Uma obra elegante e sutil, sem igual. Encantadora."

The Times

Para que o Gato Branco não fique de novo sem uma atualização por mais de 20 dias (coisa que, detesto admitir, vem ocorrendo com certa frequência), venho aqui compartilhar as primeiras impressões de uma das futuras leituras que pretendo realizar nos próximos meses; uma leitura que, sobretudo, promete uma deliciosa viagem literária que envolve reflexões sobre arte, filosofia, cultura e, claro, mochilão nas costas.

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Contrariando minhas expectativas de começar a estudar a sério nos próximos meses, acaba de chegar pelo correio este belíssimo livro do escritor suíço (mas crescido na Inglaterra) Alain de Botton: A arte de viajar. Presente de minha mãe! Pela lida que dei na sinopse da orelha e pela folheada sagrada que costumo dar nos livros antes de começá-los de fato, pude ver que Botton mistura aqui relatos pessoais de viagem com reflexões extremamente agradáveis sobre música, pintura e filosofia – criando, assim, um caderno riquíssimo de experiências de vida que ele apresenta ao leitor. O livro já havia sido lançado pela Rocco em 2003, mas agora ganha novo tratamento pela Editora Intrínseca.

A edição é linda, com dezenas e dezenas de fotografias em preto e branco, gravuras antigas e ilustrações clássicas, além de quadros de autores como Van Gogh e Loutherbourg – só para citar dois. No meio desse caleidoscópio de imagens de extremo bom-gosto e muito bem selecionadas, há a prosa elegante e requintada de Botton, reflexiva, ampliadora, que faz um passeio incrível de corpo e alma com o leitor. Fica a recomendação para quem está procurando um livro bom. Aliás, fica aqui a prova da sua qualidade: em magros cinco minutos, li a esmo uns poucos parágrafos que me deixaram uma impressão indelével, além de uma forte ideia para meditações. Eis um desses fragmentos que pesquei em pouco tempo, com apenas algumas rápidas passadas de página:

(...) vi pela primeira vez o Homem por meio de objetos grandes ou belos; pela primeira vez comunguei com ele com a ajuda deles. E assim fundou-se uma proteção e defesa seguras contra o peso da perversidade, as preocupações egoístas, modos rudes, paixões vulgares que nos agridem por todos os lados do mundo ordinário em que transitamos diariamente.

- William Wordsworth


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Alguém consegue adivinhar de quem é esse quadro reproduzido aí, na parte inferior da página direita? Boa leitura para todos! :)

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