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08 janeiro 2009

Adeus, Michael Crichton


Sei que já é tarde para escrever sobre isso - e só hoje me ocorreu a idéia -, mas realmente tenho de dedicar uma parte do meu tempo para comentar sobre esse excelentíssimo contador de histórias que faleceu no final do ano passado. Trata-se de Michael Crichton, cujas obras me transportaram para outro mundo quando criança e cujas viagens ao redor do mundo me inspiraram quando adolescente.

São de sua autoria o famosíssimo "Jurassic Park", "Mundo Perdido", "Linha do Tempo", "Presa", "Estado de Medo", "Esfera" e "Next", só para citar alguns. O primeiro livro "para adultos" que li na minha vida foi Jurassic Park, aos 13 anos, e nem é preciso comentar muita coisa sobre ele; basta dizer que o livro é uma fabulosa aventura eximiamente bem escrita e bem embasada, transposta magistralmente para o cinema por Steven A. Spielberg.

O que cativa na narrativa de Crichton é sua capacidade de abordar temas científicos de modo quase didático, e com isso criar um thriller cheio de aventura e questões pertinentes. Dono de uma linguagem enxuta e concisa, ele conduz o leitor de modo agradável e imperceptível até as últimas páginas dos seus mais excitantes romances - basta ler "Esfera", por exemplo, para saber do que estou falando.
Crichton podia ser um escritor ousado, até irreverente, quando expressava suas idéias. Mesmo assim, nunca criticou uma entidade individual. Referia-se sempre ao todo, à humanidade e às pessoas de uma maneira generalizada. Apesar de ter sido enquadrado na linhagem dos escritores best-sellers - o que espanta alguns leitores sisudos - sua obra merece ser lida e devidamente apreciada.

Adeus, Michael Crichton. Obrigado por ter encutido na minha cabeça a idéia de querer ser escritor.

Um comentário:

  1. Não conhecia Crichton, mas é impossível não se admirar com a saudosa vastidão de excelentes obras que ele escreveu, como o famigerado "Jurassic Park"..
    Muito bom teres lembrado o autor, para alguns, e teres o apresentado, para mim, como forma de homenageá-lo.

    Cara, quando for publicar um livro meu, te convidarei para escrever o prefácio!Me admira a forma como fala das coisas cotidianas...

    Um abraço.

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